quarta-feira, 13 de abril de 2011

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O tesouro de Tina 2

 Três anos depois de encontrar seu tesouro, Tina volta de sua viagem ao Canadá e reencontra seus dois amigos:
 —Joaquim! Emanuel! Que saudades de vocês!
 —Tina! Como foi sua viajem ao Canadá? — Perguntou Joaquim.
 —Foi muito boa, obrigada. Mais e ai? Vocês se divertiram muito juntos?
 —Na verdade esse infeliz do Emanuel chegou ontem. Ele dormiu lá em casa, e eu nem peguei no sono de tanto ronco!
 —Ops! Desculpa Joaquim, eu ando muito cansado.
 —Não se preocupem com isso garotos, eu vou só arrumar minhas malas e você poderá dormir na minha casa Emanuel.
  Os três concordaram em se encontrar na praçinha às três horas, mas antes Tina tinha que ajudar seus pais a arrumar as malas...
  Mais tarde quando Tina terminou suas tarefas, sua mãe disse:
  —Tina, eu vou ao supermercado, preciso fazer despesas, e a propósito... Seu peixinho morreu.
   Não foi porque o seu peixe sem valor morreu que Tina estranhou, mas foi o jeito que sua mãe lhe disse, que tinha que fazer despesa. Sua mãe não faz despesa, ela apenas compra o que falta.
   Do mesmo jeito Tina foi se encontrar com seus amigos, que depois de dividirem o dinheiro do tesouro, manteram tudo em segredo e não exageraram nas compras.
   —Tina! Olha só o que eu encontrei, um sapo! Tente beijá-lo quem sabe aparece um príncipe!
  —Que nojo Emanuel, eu nunca nessa vida beijaria um sapo desses, e eu nem preciso de dinheiro, tenho a minha própria fortuna.
  —Mais você nunca cresce Emanuel, por que você nunca deixa de ser criança para fazer alguma coisa que preste? —Indagou Joaquim.
  —Porque eu já não sou mais criança, eu já tenho 15 anos e vou fazer uma coisa que preste, vou jogar esse sapo no laginho.
  —Hunf! —Suspirou Joaquim— Mais falando em idade, semana que vem é seu aniversário não é Tina?
  —É mesmo, eu estive tão preocupada com minha viajem que até me esqueci disso!
  —Bem, eu já comprei o presente, e você vai adorar... —Disse Joaquim todo contente.
  —Oh não Joaquim, sua mãe disse para nós voltarmos para o almoço, temos que ir Tina, nos vemos depois.
  —Tudo bem, eu vou comprar um peixe novo. Tchau amigos!
   Tina pegou sua bicicleta e saiu pelo bairro procurando o pet shop até que passou em frente do salão de beleza e se deparou com uma pessoa muito importante para ela: sua mãe!
   Ela se aproximou da vitrine e pensou “por que minha mãe está ali? Além dela dizer que ia fazer despesas, ela também nunca tingiu seus cabelos!”.
   Tina ia entrando no salão para perguntar o que sua mãe ia fazer por ali, e até mesmo que cor ela tingiria os cabelos. Mas antes de abrir a boca, ela ouviu uma coisa que não desejará:
  —E aí Fabiana, aquela sua filha, Tina, já descobriu o seu segredo?
  —Não, e eu espero que ela nunca descubra.
   Tina já ficou meio confusa sobre esse tal segredo, pensou que era só o cabelo de sua mãe, mas:
   —Ainda bem que ela nunca percebeu que o seu cabelo não é castanho. Também, preto se parece muito com essa cor.
   —Olha, se um dia ela ver que meu cabelo é preto, ela vai me perguntar o porquê, eu vou inventar qualquer coisa, mais não diga para ela que você tinge o meu cabelo, pois se ela descobrir que ela é adotada, eu nunca mais virei ao seu salão e vou inventar muitas críticas sobre esse lugar! Ouviu?
   O susto de Tina foi tão grande, que lagrimas escorreram de seus olhos e ela logo resolveu gritar:
   —MÃE, EU NÃO ACREDITO NO QUE VOCÊ FEZ! Primeiro você não fala que tinge o cabelo e agora fico sabendo que não sou sua filha! Não fale mais comigo mãe! Se é que eu ainda posso te chamar assim! —Disse Tina enquanto saia pela porta da frente.
   A surpresa das duas foi enorme. A mãe de Tina não conseguiu tirar uma palavra de sua boca, mas a cabeleireira ainda falou:
   —Ainda bem que isso saiu de sua boca, porque se não o meu salão iria à falência!
   Tina saiu correndo pegou sua bicicleta e foi para um cais ali por perto. Triste e desesperada deitou-se e acabou pegando no sono e dormindo ali mesmo.
   Já de noite Joaquim, Emanuel e os pais de Tina saíram pelas ruas à procura por ela.
  Chamaram a polícia, ligaram para os visinhos e em questão de minutos, todo o bairro estava procurando Tina.
   Enquanto isso, Tina acordou com uma luz em seu rosto. Era um velho em um barco (o mesmo velho da loja que Joaquim freqüentou há três anos):
  —Quem é você? O que quer comigo? —perguntou Tina se levantando depressa.
  —Eu sou seu anjo da guarda, eu só quero lhe dar um aviso: Tina, por favor, nunca confie nos piratas dessas bandas, eles são muito maus e só querem dinheiro, são capazes de tirar a vida de alguém por dinheiro.
  —Eu não quero me envolver com piratas, e também não acredito em você.
   —Bem, acreditando ou não em mim, eu acho melhor você voltar para a sua casa, já passam das onze horas, seus pais devem estar preocupados.
  —Eles não são meus pais, eles apenas me adotaram, e eu só fiquei sabendo disso hoje.
—Sendo ou não seus pais, eles são sua família e te amam, todos nós te amamos, mas lá você tem uma casa e amigos, e aqui não é o lugar mais seguro do mundo nestas horas.
  —Mas, se você é o meu anjo da guarda, me responda: Quem são meus verdadeiros pais?
  —Eu só posso lhe dizer uma coisa: vá até a biblioteca do centro e encontre o livro com as iniciais PDIH.
  —Que livro teria esse nome tão feio?
  —Não me pergunte isso, apenas volte para casa e rápido, ou a coisa vai ficar feia. Adeus Tina!
  —Adeus anjo da guarda! —gritou ela enquanto uma névoa cobria o local e fazia com que o velho desaparecesse.
   Tina pegou sua bicicleta novamente, e foi para sua casa com os olhos todos inchados de tanto chorar. Chegando em casa, ela virou a esquina de sua rua e viu aquela multidão em sua procura:
   —Lá está ela! —Gritou seu pai correndo em sua direção e evolvendo-a em seus braços disse— Onde você estava? E que cheiro de peixe é esse?
  —Não se preocupe pai, eu estou bem. Eu deitei no cais e dormi.
  —Típico de Tina. —Disse Emanuel.
  —Meninos, eu tenho uma coisa para falar com vocês, me encontrem no cais amanhã às três horas! —Disse Tina entusiasmada para falar o que houve em seu grande dia.
  





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No dia seguinte, os meninos estavam com muita vontade de ouvir os motivos pelo qual a Tina houvera sumido por tanto tempo.
   Tina chegou e explicou toda a história para os amigos, e eles ficaram discutindo o assunto por uns vinte minutos. Tina quase chorou novamente, mas se conteve. E depois de tanto tempo, ela falou sobre o velho:
  —Ah gente! Depois que eu fiquei sabendo dos meus pais, eu corri para o cais e dormi lá. Depois, já perto da meia noite eu fui acordada por um velho dizendo ser meu anjo da guarda. Eu estranhei muito, depois ele me mandou ir pra casa, porque já estava tarde e vocês estavam preocupados, e eu perguntei sobre meus verdadeiros pais, ele me mandou procurar na biblioteca do centro um livro PDIH.
  —Tina —Disse Joaquim— Eu já vi muitos filmes de magia ou coisas do além, mas nunca tinha ouvido tanta besteira na minha vida!
  —Como assim? — Retrucou ela — Eu o vi. E se você não acredita nela, como você acredita que nós saímos voando em busca do tesouro? E o fato de um pirata me seqüestrar? Ein você acredita nisso é?
   —Bem... Então o obedeça, vá até a biblioteca.
  —Então vamos, apenas chame o Emanuel e mande-o parar de tocar naquele sapo nojento! E mais tarde nós vamos tomar sorvete, diga a ele para lavar as mãos também.
  Dito e feito, e a turminha foi para a biblioteca procurar o livro de nome estranho. Todos procuraram e procuraram, até que Tina resolveu perguntar se tinha mesmo aquele livro. Chegou ao balcão e se deparou com o mesmo velho, o seu anjo da guarda:
   —Ei moço! Espera ai. — Disse ela depois de reconhecê-lo— Você é o meu anjo da guarda!
   —Sou sim Tina, mas o que você deseja por aqui?
   — Eu procuro o livro que você falou. Aquele tal de PDIG.
   — Você quis dizer PDIH, Piratas Da Ilha Hughes.
   —É isso mesmo! Mas... Piratas da ilha Hughes? Primeiro quem são eles? E segundo por que Hughes?
   —Olha, eles são os seus pais Tina, Hughes é o sobrenome deles.
  —AH! Então vamos procurar esse livro é agora! — Gritou ela entusiasmada.
   O velho indicou o caminho, e lhe mostrou o livro:
   —É este aqui. Bom eu já vou indo, boa sorte!
   —Espere! Qual é o seu nome?
   —Meu nome é Epaminondas, mas se precisar me chamar diga: Epa, Epa, Epa.
   Eu sei esse não foi um modo de chamar bem parecido com o da Lady Kate? Mas indo para o que interessa.
  —Tina! — Disse Emanuel— O Joaquim está louco te procurando, parece até que ele perdeu a mãe!
  —Pois pode chamá-lo que eu encontrei o livro.
   Os três abriram o livro e nele continha uma história assim:
   “Nas águas escuras do mar no litoral do Texas, existiam dois grupos de piratas rivais, e um casal de diferentes grupos se apaixonou e foi morar naquela Ilha Dos Piratas Hughes, que no qual era o sobrenome do casal. Eles construíram uma casa, dois barcos e tiveram uma filha juntos (seu nome não foi recitado), mas no dia em que o casal foi testar o segundo barco, os piratas da família dela, pensaram que tivessem encontrado o outro clã de piratas e atirou fazendo com que o barco afundasse, e sua pequenina filha ficasse órfã. Depois que os piratas subiram na ilha para pegar bens preciosos acharam a pequenina criança e levaram para um centro de adoção. Não se sabe por onde a garota está agora, mas fomos informados que ela já foi adotada por um casal recém casados.”
  —Que história emocionante! — Disse Joaquim— E quer dizer que a menina é você, né Tina?
  —Eu acho que sim. Mas... Eu não acredito que meus pais eram daquela raça de piratas imundos. E o meu sobrenome tinha que ser Hughes. Eu vou mudar no cartório quando crescer.
  —Tina! Eu tive uma ótima idéia. — Exclamou Emanuel— Vamos para a ilha dos seus pais?!
  —Claro! Eu vou pegar minhas coisas hoje, sairemos amanhã as nove ok? Levem o que comer.
   Tina avisou a seus pais “adotivos” que iria à casa de Emanuel por uns tempos. E assim eles chegaram a casa dele, e como já doto que seu pai adora aventuras, os levou para a praia perto da ilha:
   —Pessoal, vamos alugar um barco? — Perguntou Joaquim.
   —Boa idéia, vocês dois vão alugar o barco e eu vou ali comprar um mapa. — Disse Tina.
   Os dois concordaram, e cada um foi para seu posto, mas Tina não encontrava a loja, e teve que perguntar a um pescador:
   —Bom dia senhor. Você sabe onde vende mapas?
   —Eu sei de tudo. — Disse o velho se virando e demonstrando que era Epaminondas.
   —Você de novo! Para de me assustar! — Gritou ela surpresa.
   —Pare de gritar, ninguém aqui é surdo. Eu só apareço quando você precisa de ajuda.
   —Então, pois diga, onde vende um mapa?
   —Você é boba menina? Aqui tem lojas, mas só vendem o mapa da praia não do mar. Para navegar você precisa de uma bússola.
   —É mesmo! Como sou burra! Mas então onde tem uma bússola?
   — Pegue a minha, ela lhe servirá muito. — Disse ele tirando uma simples bússola velha de seu bolso.
   — Você não vai nos seguir o tempo todo vai?
   — Não, não. Podem ir, eu acho que vou pegar alguns peixes por aqui. Ouvi dizer que neste local tem muitos peixes, são ótimos para assar em fogueiras. — Disse Epaminondas incrementando com uma piscada de olhos e logo desaparecendo em sua misteriosa névoa branca.
   Tina correu e encontrou os meninos com o barco logo ali onde os deixará.
   —Vamos! — Disse ela enquanto montava no barco. — vão ficar ai parados?
   Os três subiram no pequeno barco e remaram até as profundezas da água. O mar estava bravo e der repente começou uma tempestade terrível.
   — Vamos, corram contra as correntezas! — Gritava Joaquim.
   — Aqui não tem corrente bobo. — Retrucou Emanuel.
   A chuva não parava e eles estavam cada vez mais sem forças o suficiente para remar. Estava relampeando muito. Os ventos terríveis. O céu estava pra lá de escuro, e um raio acertou bem ao lado do barco, fazendo Tina cair desmaiada em pleno mar. Por sorte todos estavam de coletes e ela ficou boiando até acordar em uma ilha.
   —Onde é que eu estou? — Perguntou ela para si mesma. — A tempestade parou! — Ela continuou e olhando para seu punho: a bússola       que tivera ganhado.
   Ela abriu a bússola na esperança dela ainda poder funcionar, e dentro dela, achou um buraco com uma imagem de um peixe nadando de costas. Ela tentou entender porque ali não houvera bússola, mas antes que isso acontecesse, virou sua cabeça para sua frente e avistou um colar de pérolas.
   — Aqui tem civilização! Eu devo estar no lado deserto da praia.
   Quem dera lugar melhor. Tina estava é na ilha de seus pais...
   Ela andou por ela e logo percebeu que não se tratava de uma praia, e pensou que estivesse realmente perdida quando avistou uma dianteira de um barco: Era um barco velho, cheio de lodo e corroído pelo sal do mar, mas ele estava em boa forma para entrar na água.
   Tina deu mais alguns passos para frente e viu iniciais no barco (PH) que queria dizer: piratas Hughes. Ela percebeu onde estava e foi depressa para uma casinha que ficava logo a frete, mas ouviu-se um estrondo de dentro dela. Tina parou depressa e observou dando passos pequenos para frente, o estrondo se repetiu. Já era motivos para ela se espantar, pois lá já não havia sinal de vida a anos. Mas ela continuou indo para frente. Então ela viu uma sombra debaixo da porta, e parou. A porta se abriu, e quem saiu de lá foi um pequeno filhote de lontra marinha á procura de comida.
   —Que fofinho! — Exclamou ela acariciando a pequenina criatura, que na boca tinha uma caixinha de música.
   Ela pegou e abriu a caixinha, que no qual tocava uma musica linda. Tina sorriu e uma lágrima desceu seu rosto, ela virou-se para a caixinha novamente e reparou que ao lado havia um bolso trancado a chave. Mas não era uma chave comum. Ela tinha um formato de estrela.
   Tina já tinha a chave, mas apenas não sabia. Então se desapontou e tirou seu sorrido da cara.
   A pequena foca pulou em seu pescoço e puxou com seus dentes seu colar que tinha a mesma forma da fechadura:
   —É isso! — Ela gritou tirando-o do pescoço e encaixando na caixinha de música.
   Ela abriu o compartimento e encontrou um anel com a figura de um peixe nadando. E refletiu que era a chave para a BÚSSOLA.
   Imediatamente, Tina pegou a bússola e encaixou o anel. Esse plano foi bem bolado, mas nada que desse certo sem seu anjo da guarda.
   Ela girou o anel e saiu uma luz de um holograma, em que havia um mapa virtual, que mostrava tudo que estava acontecendo naquele momento. Tina chegou mais perto e avistou em meio do mar seus dois amigos ainda na correnteza da tempestade, que os levava direto para uma gigante tromba d’água.
   — oh não! — Ela gritou. — Tenho que salvar meus amigos. Mas como?
   Tina ficou andando para um lado a apara o outro, pensando o que poderia fazer naquele instante, e se lembrou de seu anjo da guarda Epaminondas:
   —Como eram mesmo as palavras? Buba, buba. Não! Tuba, tuba. Ah já sei: epa, epa, epa!
   Naquele instante o vento soprou mais forte, as marés subiram e uma grande onde se levantou. A onda se abriu e de lá saia Epaminondas em seu barco:
   — É hoje tem muitos peixes não é Tina?
   — Você apareceu! Ajude-me, por favor: meus amigos estão em perigo. Realize um desejo meu!
   — Não, não. Eu simplesmente não sou um gênio da lâmpada, e também não realizo desejos, só posso ajudar e orientar o resto é você quem faz!
   —Mas eu preciso de ajuda, não consigo chegar lá a tempo. Não tem nada que você possa fazer? — Disse ela com os olhos já brilhantes acompanhados de um biquinho super fofo.
   —Ta bom, eu te ajudo. Faça o seguinte: Você já entrou na casinha? Que tal procurar uma pedra azul?
   — Mas será que aqui tem essa pedra?
   — Vai lá ver.
   Tina correu para a casinha, lá tinham muitos desenhos de criança, havia roupas, jóias, comida, papeis e principalmente, desenhos de criança pelas paredes, ela ficou de boca aberta.
   Virando-se para o lado, um gabinete. Ela o abriu e encontrou a pedra.
   —Achei! —Gritou ela. — Encontrei a pedra azul!
   Ela saiu e já olhando para seu anjo da guarda, sorriu enquanto ele balançou a cabeça para cima e para baixo, e contou 1, 2,3: E rapidamente ela falou: Desejo os meus amigos aqui na ilha comigo!
   Naquele momento, eles já estavam de olhos fechados gritando prontos para seu fim, e foram salvos pela Tina que logo que os viu deu um abraço bem apertado.
   —Meninos, ainda bem que vocês estão bem.
   —Ai, Tina que bom ver vo... Cuidado! — Joaquim gritou— Olha aquele velho atas de você, corram!
   —Calma, ele é meu amigo. — Ela olhou para trás e piscou o olho. — Ele me ajudou a salvá-los.
   —E ai brother? — Perguntou Emanuel com seu jeito bobo.
   —Olhem meninos, eu só fiz o que a Tina pediu sem ela vocês já não estariam mais aqui. — Disse o velho: Tina sorriu enquanto os meninos engoliram seco.
   —Muito obrigado Tina! — Falou Joaquim com aquele olhar meigo.
   —Sem problema Joaquim! Vocês vieram me acompanhar não morrer.
   Joaquim abriu os olhos quando Tina disse “Vocês” e rapidamente balançou a cabeça e disse:
   —Você já descobriu alguma coisa sobre seus pais?!
   —Ah é mesmo! Eu já fui lá dentro é muito lindo, mas não prestei a atenção nos detalhes.
   —O que estão esperando? Vamos lá ver. — Disse Emanuel dando um pulo.
   Os meninos saíram correndo para lá enquanto Tina olhou para trás e acenou para Epaminondas e agradecendo pela ajuda, sorriu. E novamente o velho sumiu entre a névoa.
   —Vem ver Tina, olha só quanta tralha tem aqui! — Gritou Emanuel.
   —Estou indo! — Ela respondeu.
   Ela correu e entrou na casinha. Os garotos lhe mostravam muitas jóias e acessórios de valor, enquanto ela só Dave atenção para os itens de bebes: Roupas, brinquedos, desenhos (ou melhor, rabiscos), copinhos de plástico coloridos, entre outros.
   Mais uma vez, lágrimas de alegria descem de seu rosto. Ela fechou os olhos com bastante força, e quando os abriu tudo estava novo: Ela estava vendo como era aquele lugar quando seus pais ainda estavam vivos.
   “—Amor, você pode pegar o babador da Tina? — Dizia a mãe’
   “— Claro! — O pai respondeu’
   “Os dois brincavam com ela, lhe davam brinquedos e sempre sorrindo, estavam juntos pensando em seus futuros como família. Pensavam em sair da ilha, largar a vida de pirata, e até mesmo ter outro filho. Mas infelizmente, isso não foi possível. ’
   —Tina! Acorda. — Disse Joaquim desesperado.
   Tina se levantou e disse:
   — O que houve? Por que estou no chão?
   — Eu não sei, Emanuel e eu estávamos lhe mostrando algumas coisas e você de repente caiu durinha no chão. Eu acho que você desmaiou de felicidades, não foi Tina?
   — Bem, na foi desse jeito.
   — Então desmaiou de tristeza? — Perguntou Emanuel.
   —Não bobo. Eu estava olhando essas coisas de criança, e pensando em como era mágico esse lugar para mim e...
   — Aff! Nem reparei nessas coisas de criança. Eu fiquei de olho mesmo foi naquele tapa olho. — Disse Emanuel.
   — Deixe ela continuar ou eu vou...
   — Calma Joaquim, nada de violência. Eu só estava dizendo que: Eu estava observando todas essas coisas, fechei os olhos bem fundo e quando os abri, eu vi meus verdadeiros pais, cuidando de mim. E esse lugar todo arrumado! — Ela se entusiasmou — E eu também ouvi meus pais dizerem que queriam outro filhinho. Eu ia ter um irmãozinho!
   Os dois ficaram de boca aberta, até que Emanuel falou:
   — Por as coisas só acontecem com você? Eu queria é que os MEUS pais fossem piratas só pra eu usar aquelas roupa legais e colocar um papagaio no meu ombro. E depois dizer aquele arrogante “Arrrg!”!
   Os dois riram muito.
   



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Enquanto isso, não longe dali, um navio pirata se aproximava, e um dos marujos acabou avistando a ilha “Terra a vista!” Ele gritou, o capitão parou e disse:
   —Finalmente uma ilha pequena para eu morar e esconder meu ouro.
   —Não capitão olhe: Tem um barco lá, ele é da praia, aquele tipo que aluga. E pelo visto, a ilha já tem dono.
   — Deixe me ver! — Ele gritou pegando um binóculo — Hum! Dependendo do inimigo, da para combater.
   Tina foi abrir uma gaveta do gabinete, e achou um tubo de vidro: Era uma pequena cápsula com um mapa.
   O Joaquim pegou-a e disse:
   —Deixe-me ler.
   Ele abriu e leu:
   “—Mapa do tesouro da Ilha da Caveira Negra.”
   —É um mapa do tesouro Tina! — Gritou Emanuel.
   — Os meus pais deviam estar procurando este tesouro. Já sei! Se esse era objetivo de minha família, eu vou terminá-lo, e com muito orgulho. Bem, quem está comigo?
   Os dois deram um grito bem alto dizendo “EU!”, E foram examinar o mapa novamente.
   Emanuel pegou-o e disse apontando o dedo:
   —Olhem, nós estamos aqui, e o tesouro esta... Bem aqui! — E levantou o mapa.
   Os piratas que estavam nas águas, viram os meninos com o mapa, e o capitão já resmungou:
   — Já não bastava essas crianças terem roubado minha ilha, agora tentam me fazer inveja com aquele mapa do tesouro... Mapa do tesouro! Eu quero aquele tesouro só para mim!
   Os piratas olharam frio.
   —Só para mim... Dividir com vocês.
    Agora os piratas gritaram e aplaudiram.
   — Nós temos que bolar um plano — Todos se calaram e juntaram-se para ouvir — Vamos matar aqueles garotos, para depois pegar a ilha e encontrar o tesouro.
   Mas como capitão? — Um marujo perguntou — Os garotos estão saindo.
   Tina, Emanuel e Joaquim estavam pegando o barco e saindo da ilha em direção ao leste, em busca da ilha.
   —Vamos alcançá-los! — Disse o capitão — Eles estão a remo, e nós a vela.
   No barco Tina segurou seu colar de estrela e cochichou:
   —Mamãe e papai, nos protejam nessa viajem. Por favor.
   E naquele momento, o vento parou, e o navio pirata não andou mais.
   —O que está acontecendo? — Resmungou o capitão.
   — O vento parou então o navio para junto capitão. — Respondeu um marujo.
   — Eu sei disso, sua cabeça de lula! Eu só não entendo por que é que o vento parou se aqui é mar aberto, o vento não pode parar, por isso aqui é área de navegação, pois o vento não para! — Ele se estressou.
   Enquanto isso, Tina estava enjoada:
   — Ai gente, eu estou sem comer faz um tempão, e o balanço do mar junto com o sol quente não está ajudando. Quem dera a água fosse doce...
   — Por que você não disse antes Tina? — Disse Emanuel— Eu trouxe suco, refrigerante, água, Ana-maria, pão, biscoito, bolacha, salgadinhos, bolo, torta de maça, torta de amora, bolacha...
   —O que?! — Ela gritou — Eu estou morrendo de fome, por que não me ofereceu antes? E mais uma coisa: Como cabe tudo isso na sua mochila?
   —Minha mãe era empacotadora de loja grande, e ela tem um segredo para caber tudinho na bolsa e ainda sobrar espaço!
   — Me da logo essa torta de amora que eu vou tirar a barriga da miséria! — Ela sorriu e lambeu os lábios.
   — Éca! — Disse Joaquim. — Vocês falam de um jeito tão mal educado e porcalhão.
   — Hunf! — Tina resmungou — Vai se acostumando Lorde Educação, pois aqui está lotado de piratas, e se você quiser ser meu amigo, não reclame, pois eu lhe atiro ao mar ouviu marujo?
   — A Tina! Eu só estava brincando. E para provar eu quero fazer um concurso de arroto.
   — Ai já é educação de menos até para mim— Confessou Emanuel.
   Todos riram muito. E depois de jantarem, olharam novamente para o mapa e suspiraram desanimados:
   — oh não! Ainda estamos muito longe da ilha — Disse Tina — Falta muito, aqui mostra um arco de pedra bem antes da ilha, e nós ainda nem chegamos nele.
   — Tina, quando chegarmos nesse arco, podemos descansar? Meus braços estão doloridos, e eu estou com muito sono.
   — Claro Joaquim, e já está escurecendo.
   O tempo passou e logo uma ventania começou. Ninguém se lembrou de levar agasalho, então permaneceram no frio congelante.
   Golfinhos pularam perto deles, eram dois e um filhotinho. Tina logo se lembrou de sua família pegou o remo e começou a remar ainda mais forte e rápido.
   Assim eles chegaram um pouquinho mais cedo ao arco:
   — Vejam o arco de pedra. — Disse Joaquim.
   —Vamos parar e nos alojar — completou Tina.
   Eles chegaram à ilha do arco, e prenderam o barco em um coqueiro. E ascenderam uma fogueira, comeram alguns petiscos e deitaram-se para dormir.
   Já se ouviam roncos de Emanuel. Tina olhou para sua frente e viu Joaquim ainda acordado:
   —Você ainda não dormiu? — Perguntou ela.
   — E você também não!
   Ela riu.
   — Muito obrigado por ter vindo me acompanhar Joaquim.
   — Não foi nada. Depois de nossa ultima aventura, eu ando com muita vontade de sair e me divertir um pouco só nós três.
   — O céu está tão limpo, bem diferente do céu da cidade. As estrelas são maiores e mais brilhantes...
   — E olha que lua mais linda, está mil vezes maior da que eu estou acostumado.
   — É mesmo. Você Joaquim — Ela bocejou um pouco — É um ótimo amigo.
   Ele levantou um sorriso.
   —Você e o Emanuel — Ela completou.
   E Joaquim abaixou a cabeça, virou-se para o céu e disse:
   — Boa noite Tina.
   — Bons sonhos para você Joaquim.
   Como já era noite, o vento voltou para os piratas, fazendo o barco andar novamente:
   — vamos marujos, o vento voltou. Aposto que ainda da para alcançar aqueles moleques que se intrometeram no meu tesouro!
   —Mas capitão. — Exclamou um marujo. — Você é que se intrometeu no tesouro deles.
   — Cale essa boca! Aliais, lave-a com sabão, e não repita tamanha besteira.
   Tina levantou-se já amanhecendo, e foi aproveitar que estava sozinha para vasculhar aquela mini ilha.




   
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Enquanto isso, o capitão e seu navio alcançaram os garotos e após chegarem à ilha, agarraram os meninos e os levaram de escravos para seu barco.
   — Capitão, aqui não havia uma garota junto deles.
   —Eles já são homens e fortes, aposto que ela só mostrou onde estava o mapa, e depois eles a jogaram ao mar. Adoro o doce sabor da vingança.
   O capitão puxou a ancora e com sua espingarda atirou na corda em que segurava o barco dos garotos. Sorrindo ele deu aquela risada maléfica e gritou:
   —Agora vocês irão me levar até o tesouro, e pela morte da garota, após chegar ao tesouro, irei jogá-los ao mar. Mas primeiro, onde está o mapa?
   — Está ali na bolsa. — Disse Emanuel.
   — Emanuel não! Você não podia ter falado onde estava.
   — Mas ele já disse. Muhahahaha!
   Por sorte o mapa do tesouro estava com Tina, e o mapa que estava na bolsa de Emanuel, era da antiga aventura deles, que por acaso ele houvera deixado lá para se lembrar sempre de seus bons momentos.
   Tina voltou para o local onde deixará seus amigos, e se espantou com o que viu. Logo percebeu quem houvera passado por ali, só de ver muitas pegadas de sapatos velhos e rasgados pela areia, uma delas com um toco de madeira, a cuspida nojenta que apagou o fogo, todos aqueles bolinhos com mordidas bruças no chão e também aquela bala de espingarda que estilhaçou a corda do barco.
   Ela sentiu vontade de gritar, mas para que? Se ninguém a ouviria.
   Tina logo sentiu fome, pois já estava na hora de tomar seu café da manhã. Mas, não tinham frutas boas por ali, todas eram desconhecidas e podiam conter veneno. Passou um tempo, e ela lembrou-se do que seu amigo Epaminondas disse: Há “muitos peixes neste mar, Tina”.
   Lembrando-se disso ela pegou um galho de arvore, o pedaço de corda que sobrou do barco, e um pouco de bolinho que ela não ousou colocar em sua boca. Juntou esses itens e fez uma vara de pescar. Mas como o peixe ficaria preso ali? Ela pegou um grampo de seu cabelo, dobrou em forma de anzol e pendurou o bolinho. Tecnicamente, peixes não comem bolinhos, mas não custava tentar.
   Ela atirou o anzol ao mar, e no alto de uma pedra ficou esperando aquela fisgada de peixe.
   Nem dez minutos se passaram, e ela sentiu uma vibração na corda: Era um peixe.
   Ela puxou, e agarrou aquele peixe enorme! Ela acendeu a fogueira novamente, e encostando alguns gravetos fez um vão, e lembrou-se de quando sua mãe cortava um peixe, espetou o em um graveto, e deixou assar. Depois de vinte minutos, pois o fogo estava fraco, ela o retirou dali e usando mais dois gravetos, comeu como palitos chineses.
   Como o mapa do capitão estava trocado, a ilha que nele marcava estava quase do outro lado do país. E por isso demoraria muito para chegar lá, praticamente cinco dias e cinco noites de viagem.
   Tina estava muito triste sozinha, ficou pensando o que faria se o bolinho acabasse. Até que ela ouviu um barulho no mato, viro-se depressa e assustada, a quando olha, avista um pequeno índio. O que era muito improvável naquele local.
   Aquele indiozinho veio de caiaque para aquela ilha, mas sua família estava em outra bem perto dali. Ele levou Tina para lá e em um dia, ela aprendeu o básico da língua deles, que parecia uma mistura de português com espanhol.
   Ela contou toda a sua história para o chefe da tribo, que resolveu a ensinar a lutar com espadas, para que ela ficasse pronta para um duelo com aquele capitão maldito.
   O chefe da tribo também mandou uma tropa de seus melhores índios ao resgate de seus amigos.
   Depois de mais dois dias, Tina aprendeu a lutar, pegou um barco e foi para a ilha do tesouro.
   Ela chegou á ilha, e logo avistou uma letra X em vermelho na areia, mas quando se aproximou, avistou mais centenas de letras X. Ela ficou abismada por ter que cavar tanto e fazer tantas bolhas em sua mão.
   Mas olhou para o mapa, e viu que o X marcado, estava dentro Ca caveira negra.
   —A não! Agora eu vou ter que entrar no olho da morte.
   Ela apressou-se lembrando de seus queridos amigos que foram levados pelos malvados piratas.
   Na porta da caveira, ela avistou muitos ossos e esqueletos. Ficou com muito medo do que a aguardava.
   Ela estava andando devagar quando um buraco se abriu e ela escorregou para dentro dele. Quando finalmente caiu, em um enorme sofá, acenderam-se muitas luzes (isso foi muito fora do normal), De repente, apareceu um locutor, e disse:
   —Garota, fui convocado pelos Hughes para guardar o tesouro deles, então se está procurando esse tesouro, você terá que passar por dois desafios: Primeiro você vai ter que passar por um labirinto enorme com mil e um corredores e apenas uma saída, será um jogo de adivinhação; E segundo, um jogo de perguntas e respostas, em que você terá que responder coisas sobre a vida dos Hughes. Alguma pergunta?
   —Sim, uma. Se eu vou ter que responder perguntas sobre os Hughes, essas perguntas são de toda a vida deles, até a morte trágica, ou só da vida e segredos íntimos?
   —Não, não. É sobre toda a vida que eles tiveram a história deles. E que comece os jogos!
   Tina foi empurrada para um labirinto escuro com muros de vinte metros. Sem nem dar tchau, o locutor disse a ela:
   —Cuidado, você pode não sair com vida daí.
   Ela se assustou muito. Mas como ela tinha sorte, acabou a energia e todas as armadilhas do jogo de terror foram desligadas.
   —Ufa! — Disse ela.
   —Que porcaria! A primeira pessoa que vem aqui há anos e acontece isso! Moçinha você poderia esperar a energia voltar para entrar no labirinto?
   —Não!
   —Ah, mas...
   —Olha, você tem sido um locutor muito bom, mas se eu morresse lá dentro, para quem você ia fazer o jogo das perguntas e mostrar sua linda voz?
   —É mesmo. Então, que comece o jogo de perguntas.
   O locutor acendeu um lampião saiu de seu esconderijo e acabou se mostrando um dragão.
   —Ué. Um dragão?
   —Na verdade eu sou um iguana gigante, mas vamos para o que interessa: Como os Hughes se conheceram? Cinco segundos.
   —Eles eram de piratas diferentes e se apaixonaram, foram para uma ilha e lá construíram uma casa.
   —Bela resposta! Outra pergunta: Eles eram casados? Quatro segundos.
   —Não, mas eles tiveram assim mesmo ma filha chamada Tina.
   —Boa! Terceira e última pergunta: Como foi o fim trágico deles? Três segundos.
   —Os piratas da família dela atiraram no barco em que eles estavam fazendo com que o barco afundasse e deixando sua pequenina filha órfã, depois os piratas foram pegar ouro na ilha a acharam a pequena Tina, e sem um pingo de consideração á levaram para um orfanato, e depois levaram o ouro e nem se preocuparam com a criança que nem sabia que era adotada e conheceu dois amigos que a ajudaram a encontrar um tesouro e depois ela descobriu que era órfã e...
   —Ei, ei, ei! Você já sabe mais do que eu! Como faz isso? É vidente?
   —Não. É porque eu sou Tina, legitima filha dos Hughes.
   —Não pode ser! Por que você não me disse antes? Venha comigo, eu te mostro onde está o tesouro.
   Ele a levou até uma gruta e disse:
   —Agora mergulhe e peque o baú.
    Tina respirou fundo, tampou a respiração e mergulhou. Ela desceu até encontrar vários peixinhos, lá em baixo ela se sentia no paraíso com muitos peixes e algas, ela avistou o baú e o trouxe de volta a superfície.
   —Aqui está! — Disse ela.
   —Agora abra.
   Ela abriu e viu muitos itens de puro ouro, várias fotos de Tina e seus pais, e até mesmo um colar de coração que se abria e havia uma foto dos três.
   —Esse é o meu maior tesouro. —Ela falou enquanto descia uma lágrima de seus olhos.
   Ela ia se despedindo dele quando ele disse:
   —Tina espere! Você esqueceu isso. —Disse o locutor estendendo o braço com outra pedra azul.
   —Muito obrigada! Agora sei como buscar meus amigos.
   Mas antes que ele dissesse que aquela pedra tinha o poder invertido, Tina desejou “Estar com seus amigos”. E em um passe de mágica, estava no navio do Pirata na ilha de sua primeira aventura.
   —Tina! —Disse Joaquim.
   —Meninos! O que vocês estão fazendo aqui na ilha do nosso velho tesouro? Você sabe que já retiramos o tesouro daqui a três anos não é?
   —O que?! — O capitão gritou— Vocês mentiram para mim. E essa garota ainda está viva!
   —Em carne e osso. —Respondeu ela. —E estou com o tesouro de meus pais.
   —Me de isso!
   —Não! Isso seria injusto, foi em quem peguei o tesouro. Por que não resolvemos de um modo mais justo? —Disse ela com olhar de quem procura fazer arte.
   —Uma luta de espadas?
   —Não Tina! —Gritou Joaquim— Eu não quero que você morra!
   —Eu não vou morrer Joaquim, vou só vencer uma luta!
   —Você nem sabe lutar. —Disse Emanuel
   Os piratas riram muito.
   —Duvido que essa garotinha ganhe de mim um pirata expert no ramo! — Disse o capitão orgulhoso.
   Então ela ficou com raiva e levantou sua espada contra ele, e os dois começaram a lutar. O capitão toda à hora tentava desviar de Tina e jogar sua espada contra sua cabeça, mas felizmente Tina tinha tudo sobre controle e sempre contra atacava com um golpe que só os índios sabiam um golpe que ia bem à barriga do mal feitor.
   Assim, o capitão caiu no chão e humilhado, disse:
    —Eu deixei a garota ganhar, Já tenho muito ouro.
   Tina ficou muito orgulhosa de si e disse:
   —E eu sei que é mentira, pois eu aprendi com os melhores!
   Enquanto ela dizia tais palavras, o capitão correu para sua direita e agarrou o tesouro, e disse:
   —Ninguém se move! Ou eu atiro esse baú pelo meu canhão.
   Tina surpreendida retrucou:
   —Pegue todo o outro que nele tem apenas me de as fotos e o colar que não lhe são de importância.
   —Fotos de quem? — Ele perguntou.
   —Dos meus pais que morreram afogados.
   O capitão se emocionou e devolveu o tesouro a ela dizendo:
   —Eu não conheci os meus pais! — E começou a chorar. — Eles foram mortos por piratas cruéis. Por isso eu jurei a vida toda ser um pirata e matar por dinheiro.
   —Se você tivesse conhecido os seus pais pelo o menos teria educação e saberia que violência leva a violência.
   Então o capitão se desculpou e jurou nunca mais matar, e ele também levou Tina e seus amigos para a casa. Tina ficou super contente com o tesouro, mas dessa vez, pegou o que tinha de valor para ela e o resto ela doou para um orfanato.
   No dia seguinte, era aniversário de Tina, ela acordou muito feliz. Seus pais compraram um estojo de maquiagem gigante. Emanuel deu a ela um DVD da Barbie, mesmo não sabendo que ela não gostava de assistir filmes muito menos da Barbie. Calma, Joaquim deu seu presente também, espere e veja.
   Depois de sua festa, Joaquim deu a ela um filhote de gato pintado preto e branco, Tina agradeceu muito e disse que ele acertou no presente. Aquele gato era lindo!
   À noite, Joaquim chamou Tina e Emanuel para irem ao parque de diversões, mas só Tina pode ir, pois Emanuel comeu brigadeiros de mais e mal se agüentava de pé.
   Na roda gigante eles foram juntos, e quando estavam lá no topo, surgiram muitos fogos de artifícios no céu. Aquela noite foi realmente linda. E depois Joaquim falou:
   —Gostou dos fogos? Eu que pedi para soltarem especialmente para você.
   —Ai Joaquim é lindo! Muito obrigada, esse foi meu melhor aniversário!
   —Sabe Tina? Você é a pessoa mais especial que eu já conheci e... Eu queria saber... Você quer namorar comigo?
Fim


3 comentários:

  1. É ótimo esse livro, eu fiz com todo o amor
    se gostou comente, se achar alguma coisa errada, comente.

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  2. No final... lógico que ela diz sim néh povo?!

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  3. Denise, parabéns por seus escritos...
    Muito bom...... Um dia vc pode ser uma escritora de nome, pq escritora vc já é.
    E com esse sobrenome CASTRO vai ser chique..

    Abraços.

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